sexta-feira, 9 de junho de 2017

DIFERENTES SIM, INCAPAZES NÃO

Ser diferente não é sinônimo de incapacidade.







O valor da integração educacional e social do portador de necessidades especiais e a sua capacidade em produzir inúmeros benefícios para a sociedade, ou seja, o indivíduo é portador de uma necessidade especial, mas isso não quer dizer que ele ou ela é deficiente em todos os sentidos que possui segundo Galluzzi (2006, p.1).
A falta de informação e o preconceito podem gerar no mundo e no ser humano uma grande quantidade de pessoas com deficiências físicas, culturais e sociais que colocam obstáculos nas suas vidas, mesmo quando não apresentam nenhuma deficiência específica.
A deficiência, como tudo que afeta a vida da pessoa causando danos na sua locomoção, na coordenação de movimento, na fala, na compreensão de informações, na orientação e execução de atividades comuns e no contato com outras pessoas no seu dia-a-dia fazendo-a limitar-se em um pequeno contexto da vida.
Segundo o texto base Campanha da Fraternidade 2006,
A palavra Deficiência evoca ausência, anomalia ou insuficiência de um órgão, de uma função fisiológico, intelectual ou até social. O termo vem do latim tardio deficientia e significa falta, enfraquecimento, abandono.
Alguns confundem a deficiência com o seu portador ou com o deficiente. Quando a deficiência é assimilada à pessoa, esse termo pode ser usado de forma discriminatória e injusta. Saber distinguir e ver a pessoa na deficiência e não a pessoa como um deficiente.
A noção de deficiência ainda é confundida com a de incapacidade em comparação ao que se considera parâmetro normal de um ser humano.
O meio ambiente e o contexto cultural e socioeconômico incapacitam. A incapacidade é a perda ou a limitação das oportunidades de participar da vida em igualdade de condições com os demais.
As pessoas com deficiência não constituem um grupo homogêneo, e sim uma realidade complexa e muito presente em todas as sociedades.
Desde a concepção do nascimento a deficiência já é vista como um sinal de vergonha ou medo da sociedade, sentido pela própria família, porque é a sociedade que dita a moda ou o padrão do ser humano naturalmente.
Percebe-se que a sociedade ainda não está pronta para o surgimento de um ser deficiente, pois falta informação e muitas vezes a própria família se anula, não apresentando seu filho deficiente para a sociedade, ou seja, o preconceito está na própria família, sendo assim fica difícil à sociedade tratá-lo diferente. Todos temos o direito à vida, à educação, à saúde, à participação sociocultural e muitos outros direitos básicos para com o cidadão. Basta tornarmos o mundo um pouco mais favorável e acomodável para o ser humano com deficiência, assim como com os demais e até com nós mesmos.
De acordo com o texto base da Campanha da Fraternidade 2006, a família é o primeiro espaço da pessoa com deficiência. Quando ela se coloca, solidária e positivamente a favor da pessoa humana, as deficiências e limitações quase sempre se superam naturalmente, mas, muitos contra-valores da sociedade trabalham no sentido oposto, pela exclusão.
Os pais que tem em seu lar um filho com deficiência se sentem socialmente desvalorizados e marginalizados. Para eles, ocorre uma diminuição de contatos pessoais, sua formação e prática profissional, bem como seus interesses, são prejudicados. Esses pais se sentem inseguros e incapazes, aceitando a orientação dos profissionais, mesmo quando imposta, deixando-se manipular, apresentando sentimento de culpa quando não conseguem dar conta de todas as recomendações.
Erving Goffman destaca que os familiares de indivíduos discriminados e estigmatizados sentem-se constrangidos em diversas situações e em função disso desenvolvem atitudes ambivalente e artificiais com os próprios familiares e com o grupo social a fim de manter aparências nos relacionamentos, vigiando as ações dos irmãos, filhos, etc.
Toda família sofre um desgaste com a convivência diária com o filho com deficiência; a mulher tem a carga maior de responsabilidade, às vezes fazendo o papel de pai e mãe, lutando contra o medo, o fracasso e o isolamento. Os irmãos exigem tratamento igualitário e as cobranças dos pais no auxílio aos cuidados podem causar uma desagregação familiar.
Vale citar que o homem sempre joga o peso de responsabilidades na grande maioria para a mulher.
Devemos tratar o bebê e a criança deficiente como um ser que apresenta uma característica diferenciada da maioria das pessoas devendo receber esse individuo com todo amor, carinho, proteção, alegrias e tristezas de qualquer pessoa da qual convivemos.
A Lei Federal 7853, de 24 de outubro de 1989, garante e estabelece os direitos básicos das pessoas portadoras de deficiência. As normas e critérios básicos para o atendimento e a facilitação ao acesso das pessoas com deficiência. As leis já existem a mais de dez anos, mas infelizmente até hoje nada foi feito para melhorar a participação dessas pessoas na sociedade.
Pelo Decreto 5296/04 disposto no art.47, torna obrigatório a partir de 02 de dezembro de 2005 até 02 de dezembro de 2006, a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de computadores (Internet) para uso das pessoas portadoras de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso a informações disponíveis. Prazo estabelecido para o Poder Público implantar a acessibilidade.

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