sexta-feira, 9 de junho de 2017

Exclusão Dos Portadores De Deficiência

 Vamos dar inicio a pesquisa aqui apresentada sobre a inclusação dos portadores de deficiencia !
Email: saraholiveira2204@hotmail.com








Exclusão Dos Portadores De Deficiência
Segundo a Bíblia todos os homens foram criados iguais a imagem e semelhança de Deus, porém não é isso que a humanidade tem demonstrado , pelo contrário o mais forte e mais capazes de lidar com o meio sobrevivem, enquanto os mais fracos perecem.
A própria religião, com toda sua forca cultural, ao colocar o homem como imagem e semelhança de Deus, ser perfeito inculcava a idéia da condição humana como incluindo perfeição física e mental e não sendo parecidos com Deus, os portadores de deficiência eram colocados postos a margem da condição humana. (MAZZOTTA, 1982 p 3)
Segundo a autora Glat (1998), esta diferença acaba sendo um processo de seleção.
Mesmo que hoje o mundo civilizado ou que se diz civilizado as pessoas com deficiência já não mais pereçam e nem sejam sacrificadas, podemos dizer que socialmente ainda são exterminadas.
Exterminadas no sentido de serem excluídas do meio social por não estarem dentro dos padrões exigidos pela sociedade.
Apesar de excluídos das responsabilidades sociais, são também excluídas dos privilégios oferecidas por ela.
A autora afirma que este processo de seleção natural com o passar dos tempos tomou uma nova forma, passando de natural física para natural social, ou seja, formou-se um enorme contingente de indivíduos que conseguem sobreviver fisicamente, mas que por não terem condições físicas de lidar independentemente com o meio não sobreviveriam socialmente.
No entanto, existem milhares de profissionais trabalhando para a reabilitação e no desenvolvimento dessas pessoas portadoras de deficiência, para que as mesmas possam ter condições de lidar com o seu meio, visando sua inclusão na sociedade.
Para se discutir a questão da inclusão do portador de deficiência é preciso ter em mente que eles se constituem como uma categoria socialmente construída de desvio. Sendo igual aos problemas enfrentados por outros grupos de pessoas marginalizadas como os negros, ex-presidiários, homossexuais entre outros que por uma razão ou outra são afastados fisicamente ou moralmente do convívio social, deixando de usufruídas oportunidades abertas às pessoas consideradas normais.
Enquanto os desviantes podem, por diversos mecanismos tentar se conformar com as normas sociais, os deficientes por suas características próprias representam na maioria dos casos uma violação crônica do padrão humano da normalidade, independente da cultura, não restringindo apenas seu comportamento bizarro ou não produtivo, o deficiente viola a própria norma física do que é um ser humano, contrariando a representação ou imagem corporal do homem.
Por isto os indivíduos que por alguma razão não conseguem adaptarem-se às normas ou valores da cultura vigente em sua comunidade não sobrevivem a seleção social e são consideradas os anormais e isolados, marginalizados e rotulados os não capazes.
O que a autora retrata primeiramente é a deficiência como condição de incapacidade, não apenas por suas limitações, mas também pelas limitações sociais que ela acarreta.“A sociedade é quem rotula e conseqüentemente trata diferencialmente os indivíduos que as possuem.” (Glat, 1998)
Portanto, não podemos falar de inclusão desses deficientes sem analisarmos o tipo de relação que as pessoas de um modo geral estabelecem com eles e os fatores psicológicos que influenciam nessa relação.
Existem, no entanto, alguns tipos de sentimentos que os deficientes provocam. Uma delas é de como o diferente perturba a sociedade por não sabermos como lidar com eles e o que esperar deles, por este motivo e até por medo, acabamos nos afastando.
O isolamento e segregação dos deficientes do resto da sociedade que tem sido regras em todas as culturas, fazendo com que a maioria das pessoas de fato tenha pouca oportunidade de interagir com deficientes e vice-versa.
O contato com estes indivíduos se restringe muitas vezes a seus familiares, com profissionais que trabalham com eles (quando há oportunidades) e com outras pessoas com o mesmo tipo de deficiência, não tendo incentivo para assumir outra postura. Quando expostos as situações sociais acabam agindo de maneira inalterada reforçando mais ainda as representações preconceituosa sobre sua pessoa, justificando assim tal segregação.
Cabe ressaltar a dificuldade que os próprios deficientes tem em relação a sua deficiência em compreendê-las.
A maioria dos pais que precisam lidar com uma criança deficiente enfrenta duas crises: A primeira crise é a morte simbólica da criança que deveria ter nascido, e que não nasceu,pois este filho perfeito que é projetado na barriga da mãe não existe. Ao serem encaminhados ao consultório pediátrico para ouvirem que seu filho é um deficiente acontece então a primeira crise de não aceitação.
O outro fator enfrentado por eles é o sentimento de pena que as pessoas demonstram ao lidar com estes. Ao deparar com um portador de necessidades especiais temos esse tipo de sentimento, pois afinal eles não são culpados de terem nascido ou ficado assim.
De acordo com a autora Glat (1998), este sentimento acarreta outros sentimentos não tão nobres. Porque ao ver o outro nos comparamos com ele e começamos a pensar e dar graças a Deus de não ser assim ou de não ter tido um filho nessas condições. Este tipo de pensamento contraria a nossa formação moral, começamos a nos sentir culpados por estarmos satisfeitos de que a bomba caiu na casa do vizinho e não na nossa casa.
Muitas pessoas evitam contato com os deficientes com medo de contaminação, é claro que hoje em dia apenas os mais ignorantes acreditam que a deficiência pega. Entretanto este contágio pode se dar em termos comportamentais. Muitos pais desaprovam a inclusão de crianças deficientes na classe de seus filhos, porque podem imitar o seu comportamento e regredirem em seu desenvolvimento, ocorrendo o preconceito. Este é um dos aspectos que impede a total inclusão dos alunos portadores de deficiência no âmbito escolar.
As diferenças assustam e incomodam a sociedade como se ela pudesse ser transmitida. É esta falta de informação que tira deles o direito como pessoas, o direito como cidadão. São atos como estes que acarretam a devida exclusão dessas pessoas, colocando-as a margem da sociedade e sem direito a freqüentar escolas comuns.
Dessa forma é preciso rever todos esses conceitos tentando modificá-los para que realmente possamos falar em incluí-los à sociedade, pois não basta incluí-los apenas é preciso aceitá-los da maneira que são com toda sua diferenças e dificuldades lutando para estes possam ter as mesmas oportunidades que os demais dentro da sociedade, pois muitas vezes estes seres humanos são tão capazes ou mais do que aqueles ditos normais.


Espero que tenham gostado da nossa promeira parte do trabalho aqui apresentado! 
Teremos mais ... ! *-*

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