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quarta-feira, 5 de abril de 2017
Gostosuras e bobices - Fanny Abramovich
Tenho tanta coisa para falar sobre o livro que a única maneira que encontrei de fazê-lo é discorrendo sobre os diversos capítulos separadamante.
1. Ouvindo histórias:
Neste primeiro capítulo a autora discorre sobre os diversos aspectos de se contar uma história. Desde de como iniciá-la até como concluí-la, passando pelos jeitos diferentes de despertar o interesse de quem ouve.
Por contar histórias há muito tempo, percebi a importância de tudo que ela escreveu, e creio que este livro deveria se o primeiro que toda e qualquer pessoa que deseja enveredar pela arte da contação de histórias deveria ler.
2. Olhando histórias:
Fanny fala das possibilidades das histórias sem texto escrito. Achei importante esta abordagem pois a literatura pictográfica, na minha opinião, é um tipo de leitura pouco explorada pelos educadores. Ainda, nos raros casos em que vi alguém utilizando, foi apenas para reforçar a produção de textos nos anos iniciais e não para usufruir de tudo que um livro sem texto pode proporcionar.
3. Ilustrações:
Tenho percebido, ao longo dos anos, que a maioria dos professores não dá a devida importância às ilustrações dos livros, quando, novamente na minha opinião, deveria ser preocupação primeira, pois a maioria das crianças, especialmente as ainda não-alfabetizadas, têm sua primeira empatia com uma obra, através da capa. E, "lê" o livro, somente pelas ilustrações. Lembro que fazia muito isso quando era criança. A análise das características dos personagens através da ilustração, também não tem sido muito usada nas escolas. Foi a primeira vez que vi um autor falar do significado que as ilustrações podem trazer para uma leitura. Achei muito bom!
4. O humor na literatura infantil:
A autora aborda a criatividade usada para se fazer rir nas histórias infantis. Cita trechos de histórias onde os autores conseguem passar suas mensagens, sem preconceitos, estereótipos, sem serem bobos demais, óbvios demais, enfim, sem travas. Achei bastante inteligente.
5. Poesia para crianças:
Neste capítulo específico, Fanny fala, com muita propriedade, de todas as emoções que as poesias podem despertar. Com ou sem rima, curtas ou nem tanto, divertidas, tristes, saudosas, todos os tipos de poesia! Quem disse que criança não gosta de poesia???
6. Se inteirando de verdades:
É difícil eleger, entre tantos, um capítulo melhor. Mas este, para mim, foi o mais significativo.
Nele, a autora explica que a literatura para crianças, também pode ser informativa, por que não? e cita ótimos livros que falam sobre assuntos espinhosos: relações familiares, separação, crescimento pessoal, morte e até política. Afinal, os pequenos leitores podem ser crianças, mas não são seres desconectados do mundo. Pelo contrário. Não tenho outra palavra - maravilhoso.
7. Contos de fadas:
Confesso que sempre tive uma bronca enorme dos clássicos infantis. Sempre achei que neles, o papel da mulher sempre foi o de fraca, ingênua, dependente. O único que lembro onde é a menina que tem papel mais ativo, é em João e Maria, mas convenhamos, João estava preso! Por conta disso, acabei deixando-os, muitas vezes, em segundo plano.
Bem, admito que pretendo mudar de atitude. Fanny me convenceu. Neste capítulo ela conta, com muita maestria, sobre os aspectos abordados nos contos de fada. Explica que eles falam de medos, amor, das dificuldades de ser criança, carências, autodescobertas, perdas e buscas. Ainda, fala da importância de se passar para o pequeno leitor a história escrita originalmente, fugindo das versões modificadas, que, muitas vezes, desvirtuam a ideia inicial do próprio autor. Me rendi.
8. Apreciação crítica:
Importantíssimo! Como despertar no leitor mirim a criticidade? Adorei este capítulo! Gostei, especialmente, o que a autora fala sobre a horrível ideia que alguns professores têm de solicitar um resumo do livro ao final da leitura. Abaixo as fichas literárias! Gostei também, (nossa! gostei de tanta coisa) das dicas sobre como perceber o livro. Não o texto, mas o objeto-livro. Levar a criança a olhar para o objeto que segura e manifestar sua opinião sobre o que está vendo. Gosta? É bonito? Poderia ter outro formato? A editora caprichou? E os desenhos? Ensinar a ver as características, a qualidade, etc, etc etc... Show, Fanny!
9. Formando bibliotecas:
Neste capítulo a autora dá ideias de como proceder para montar bibliotecas. Escolares ou particulares. Todas ótimas. Em minha cidade as bibliotecas escolares são realidade já há algum tempo. Mas confesso que vou utilizar algumas das suas ideias na minha casa. Tenho montes de livros infantis, bem ao alcance dos meus filhos, porém, não num espaço que possa ser considerado só deles, pessoal, que possam arrumar ou desarrumar ao seu gosto. Mudarei isso.
Não tem um só pedacinho deste livro que possa ser considerado desnecessário.
Recomendo demais: para quem gosta de literatura infantil, para quem gosta de literatura em geral, para ilustradores, para quem gosta de criança, para educadores de todas as séries, para pais e até para quem não gosta de ler! acho provável que possa encontrar nele um motivo para começar a gostar!!
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