terça-feira, 13 de junho de 2017

INCLUSÃO SOCIAL - UM DIREITO PARA TODOS




Trabalho de Comunicação, Educação e Tecnologia, apresentado ao curso de Pedagogia, proposto pelo professor Pedro Abreu na Universidade Uni- Anhanguera, como requisito parcial de nota. 





Inclusão social é o conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pelas diferenças de classesocial, educação, idade, deficiência, gênero, preconceito social ou preconceitos raciais. Inclusão social é oferecer oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todos.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire!


Boa tarde !



Esse Poste vai para os amantes de Paulo Freire; Livro desse autor incrível, Freire fala um puco sobre : 

Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire.









No capítulo I, o autor fala que, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção.

Ainda nesse capítulo nos ensina a pensar certo, não apenas ensinar conteúdos.
No capítulo II, Freire nos ensina a partir do ser do professor. Da inconclusa do ser, que se sabe como tal, que se funda a educação como processo permanente. Ensina-nos que devemos respeitar à autonomia, à dignidade e a identidade do educando.

O autor mostra uma competência geral, um saber de sua natureza e saber especial, ligado a sua atividade docente.
Freire diz que não é apenas objeto da história, mas é sujeito. No mundo da história da cultura, da política, constata não para se adaptar, mas para mudar. Mudar é difícil, mas é possível.

O livro mostra um do saberes fundamentais à prática crítico-educativa que segundo Freire é o que adverte da necessária promoção da curiosidade espontânea para a curiosidade epistemológica.

No Capítulo III fala de outra qualidade indispensável à autoridade em suas relações com as liberdades é a generosidade.

Outro saber mostrado no livro é o da impossibilidade desunir o ensino dos conteúdos de formação ética dos educadores. De separar prática da teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor, de respeito aos alunos, ensinar de aprender. O autor se coloca em favor da compreensão e da prática, da avaliação enquanto instrumento de apreciação do que fazer de sujeitos críticos a serviço, por isso, mesmo, da libertação e não da domesticação. A avaliação em que se estimule o falar a como caminho do falar com.

Suas conclusões sobre a prática docente, de gente que entendeu o que fazer. De gente inacabada, de gente curiosa, inteligente, de gente que pode saber, que pode, por isso ignorar, de gente que, não podendo passar sem ética se tornou contraditoriamente capaz de transgredi-la.

Enfim, sua percepção do homem e da mulher como seres “programados para aprender” e, portanto para ensinar, para conhecer, para intervir, que faz entender a prática como um exercício constante em favor da produção e do desenvolvimento da autonomia de educadores e educando.

O livro é de uma linguagem acessível e didática, dirigido aos educadores e educandos.

Todas as concepções do livro mostram claramente, que a prática do professor está relacionada a mudanças, e que o professor por mais ética que tenha, não pode apenas ensinar os conteúdos e sim de como os educando os aprenda.
A prática pedagógica mostrada no livro, começa a partir do ser do professor, seu bom senso, sua generosidade, suas experiências, fundamentada numa ética pedagógica.
É assim que encontramos o autor, como um educador mais experiente, com quem se pode aprender, a criticar, a tomar decisões, a analisar, a avaliar, a optar, a romper o velho e buscar o novo.
Sua maior contribuição nessa obra, envolve uma concepção de conhecimento como algo que não se encontra pronto e acabado e que também esta na busca por novo conhecimento, como também, uma pratica pedagógica para a transmissão de conteúdos, memorização e regras prontas, dificulta o raciocínio do ser humano.



Assim, é preciso que os educadores busquem nesse livro, reflexões sobre sua prática pedagógica.

DIFERENTES SIM, INCAPAZES NÃO

Ser diferente não é sinônimo de incapacidade.







O valor da integração educacional e social do portador de necessidades especiais e a sua capacidade em produzir inúmeros benefícios para a sociedade, ou seja, o indivíduo é portador de uma necessidade especial, mas isso não quer dizer que ele ou ela é deficiente em todos os sentidos que possui segundo Galluzzi (2006, p.1).
A falta de informação e o preconceito podem gerar no mundo e no ser humano uma grande quantidade de pessoas com deficiências físicas, culturais e sociais que colocam obstáculos nas suas vidas, mesmo quando não apresentam nenhuma deficiência específica.
A deficiência, como tudo que afeta a vida da pessoa causando danos na sua locomoção, na coordenação de movimento, na fala, na compreensão de informações, na orientação e execução de atividades comuns e no contato com outras pessoas no seu dia-a-dia fazendo-a limitar-se em um pequeno contexto da vida.
Segundo o texto base Campanha da Fraternidade 2006,
A palavra Deficiência evoca ausência, anomalia ou insuficiência de um órgão, de uma função fisiológico, intelectual ou até social. O termo vem do latim tardio deficientia e significa falta, enfraquecimento, abandono.
Alguns confundem a deficiência com o seu portador ou com o deficiente. Quando a deficiência é assimilada à pessoa, esse termo pode ser usado de forma discriminatória e injusta. Saber distinguir e ver a pessoa na deficiência e não a pessoa como um deficiente.
A noção de deficiência ainda é confundida com a de incapacidade em comparação ao que se considera parâmetro normal de um ser humano.
O meio ambiente e o contexto cultural e socioeconômico incapacitam. A incapacidade é a perda ou a limitação das oportunidades de participar da vida em igualdade de condições com os demais.
As pessoas com deficiência não constituem um grupo homogêneo, e sim uma realidade complexa e muito presente em todas as sociedades.
Desde a concepção do nascimento a deficiência já é vista como um sinal de vergonha ou medo da sociedade, sentido pela própria família, porque é a sociedade que dita a moda ou o padrão do ser humano naturalmente.
Percebe-se que a sociedade ainda não está pronta para o surgimento de um ser deficiente, pois falta informação e muitas vezes a própria família se anula, não apresentando seu filho deficiente para a sociedade, ou seja, o preconceito está na própria família, sendo assim fica difícil à sociedade tratá-lo diferente. Todos temos o direito à vida, à educação, à saúde, à participação sociocultural e muitos outros direitos básicos para com o cidadão. Basta tornarmos o mundo um pouco mais favorável e acomodável para o ser humano com deficiência, assim como com os demais e até com nós mesmos.
De acordo com o texto base da Campanha da Fraternidade 2006, a família é o primeiro espaço da pessoa com deficiência. Quando ela se coloca, solidária e positivamente a favor da pessoa humana, as deficiências e limitações quase sempre se superam naturalmente, mas, muitos contra-valores da sociedade trabalham no sentido oposto, pela exclusão.
Os pais que tem em seu lar um filho com deficiência se sentem socialmente desvalorizados e marginalizados. Para eles, ocorre uma diminuição de contatos pessoais, sua formação e prática profissional, bem como seus interesses, são prejudicados. Esses pais se sentem inseguros e incapazes, aceitando a orientação dos profissionais, mesmo quando imposta, deixando-se manipular, apresentando sentimento de culpa quando não conseguem dar conta de todas as recomendações.
Erving Goffman destaca que os familiares de indivíduos discriminados e estigmatizados sentem-se constrangidos em diversas situações e em função disso desenvolvem atitudes ambivalente e artificiais com os próprios familiares e com o grupo social a fim de manter aparências nos relacionamentos, vigiando as ações dos irmãos, filhos, etc.
Toda família sofre um desgaste com a convivência diária com o filho com deficiência; a mulher tem a carga maior de responsabilidade, às vezes fazendo o papel de pai e mãe, lutando contra o medo, o fracasso e o isolamento. Os irmãos exigem tratamento igualitário e as cobranças dos pais no auxílio aos cuidados podem causar uma desagregação familiar.
Vale citar que o homem sempre joga o peso de responsabilidades na grande maioria para a mulher.
Devemos tratar o bebê e a criança deficiente como um ser que apresenta uma característica diferenciada da maioria das pessoas devendo receber esse individuo com todo amor, carinho, proteção, alegrias e tristezas de qualquer pessoa da qual convivemos.
A Lei Federal 7853, de 24 de outubro de 1989, garante e estabelece os direitos básicos das pessoas portadoras de deficiência. As normas e critérios básicos para o atendimento e a facilitação ao acesso das pessoas com deficiência. As leis já existem a mais de dez anos, mas infelizmente até hoje nada foi feito para melhorar a participação dessas pessoas na sociedade.
Pelo Decreto 5296/04 disposto no art.47, torna obrigatório a partir de 02 de dezembro de 2005 até 02 de dezembro de 2006, a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de computadores (Internet) para uso das pessoas portadoras de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso a informações disponíveis. Prazo estabelecido para o Poder Público implantar a acessibilidade.

A Inclusão Escolar na Prática Educativa


 A Inclusão Escolar na Prática Educativa








A inclusão escolar tem sido um dos grandes desafios para os professores, especialmente aos que trabalham com o 1º ciclo ou séries iniciais. Estes têm a difícil tarefa de iniciar o trabalho de construção das habilidades básicas para o processo de aprendizagem poder evoluir.
Como professoras, podemos dizer que incluir esses alunos em sala de aula muitas vezes torna-se difícil, e até praticamente impossível, pois os próprios colegas não aceitam o diferente, e acabam por excluir essa criança. Outro aspecto é a dificuldade do professor em lidar com essa criança. O caso, por exemplo, de um hiperativo com problemas neurológicos que surta, bate nos colegas, foge da sala de aula, etc.: coloca-nos a questão de o que fazer com ele, já que o professor não pode deixar os outros alunos sozinhos para sair correndo atrás de apenas um. Para tal questionamento Mantoam (2003, p. 131) observa:
A presença de professores especialmente destacados para acompanhar o aluno com deficiência nas atividades de sala de aula, servindo como apoio ou mesmo respondendo diretamente pela inserção desse aluno no meio escolar, é uma alternativa de inserção que vem sendo freqüentemente utilizada pelos sistemas organizacionais de ensino em todo o mundo. A nosso ver, essa alternativa constitui mais uma barreira à inclusão. Pois é uma solução que exclui, que segrega e desqualifica o professor responsável pela turma e que acomoda, não provocando mudanças na sua maneira de atuar, uma vez que as necessidades educativas do aluno estão sendo supridas pelo educador especializado.
Concordamos totalmente com a autora citada, pois a grande maioria dos professores apenas lava as suas mãos quanto à educação dessas crianças, deixando-as a cargo da estagiária, que tem que criar alternativas de adaptação dos conteúdos, elaborar atividades e conter estas crianças de todas as formas, para que não atrapalhe a aula dos demais colegas. Cremos que isso não seja realmente inclusão e sim uma implícita exclusão dessa criança.
Não basta deixar os estudantes nas escolas e nas classes regulares, é preciso desenvolver e implementar sistemas de suportes necessários para satisfazer as suas necessidades salienta Fonseca (2003, p.106).
Por outro lado à falda de estrutura como deficiência de recursos humanos e ausência de profissionais específicos para atenderem as diferentes demandas da inclusão, assim como o fato de os locais públicos, como, por exemplo, os que disponibilizam psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc. estarem lotados ou com longas filas de espera (Cadernos FAPA, 2005, p.11).
Segundo Mantoan (2003, p. 59), para que realmente se faça a inclusão escolar, é necessário transformar a escola, reestruturá-la em novos moldes, é preciso mudar a escola e, mais precisamente, o ensino nela ministrado. Pensamos que o professor que trabalha com alunos portadores de necessidades especiais tem que ter em mente que o processo de ensino e de aprendizagem vai ser lento, e, sempre que possível, deve-se elevar a auto-estima dessa criança, sempre salientando todos os seus progressos, e não só os seus erros. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. (MANTOAN, 2003, p. 67).
A nosso ver, o professor não pode esperar que um aluno, por exemplo, com síndrome de Down, se alfabetize em apenas um ano; talvez precise mais tempo que os outros. Outro aspecto que Mantoan (2003, p.65) destaca e que
Consideramos ser relevante para construir-se uma escola inclusiva é a proposta de ensino, ou seja, sua concepção de ensino e de aprendizagem. Uma escola tradicional terá que reorganizar toda a sua proposta pedagógica para se adequar ao aluno especial, e isso não envolve apenas uma proposta escrita, e sim uma mudança internalizada de rupturas, de paradigmas envolvendo todos os profissionais da escola:
Cardoso, (2003, p. 143) salienta que:
A inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular, como caminho fundamental para se atingir a inclusão social, constitui uma meta, neste novo século, cada vez mais firme, nos diferentes sistemas educativos, nos quais se pretende educar alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular. Isto pressupõe que é o sistema educacional como um todo que assume a responsabilidade de Educação e não uma parte dele, a Educação Especial.

Inclusão - Conclusão!

No decorrer deste trabalho pude concluir que a inclusão dos portadores de deficiência é um processo que exige respeito ao próximo, tanto da pessoa que recebe esse individuo quanto do próprio deficiente e principalmente a aceitação das diferenças de cada um.
É preciso antes de tudo que o próprio deficiente se aceite dentro de seus limites para que então seja aceito pela sociedade.
Para que de fato a inclusão venha acontecer basta que as legislações sejam levadas a serio e algumas aperfeiçoadas e que a pessoa envolvida neste processo no caso aqui o professor seja um atuante e que este esteja em constante aperfeiçoamento podendo assim atender as necessidades do aluno.
Sabemos que educar uma criança portadora de necessidades especiais é uma experiência nova para o professor e também um desafio. E que devemos olhá-la como se fosse um estorvo dentro da sala, pois acreditar na capacidade e em sua potencialidade e acreditar que você pode sim trabalhar par a que se construa um futuro melhor sem discriminação, sabendo que estas crianças tem muito a nos ensinar e que são tão ou mais inteligentes aos ditos normais.
Incluir não é colocar o individuo junto aos demais apenas, mas buscar em nos mesmos caminhos, vontade para que possamos ajudá-los a ser um vencedor e então também junto com os portadores seremos também vencedoras.
A lei diz que e direito de todos à educação, portanto cabe à escola aprender a conviver com as diferenças e traçar caminhos que levem de fato a inclusão.
Quem sai ganhando com isso são todos nos pois aceitar as diferenças enriquece a nossa formação de cidadão, desenvolve valores éticos, valores que devem ser ressaltados nos educadores, educandos e políticos.
A LDB fala de igualdade, respeito, qualidade, o ECA , dos direitos, cabe a todos nos cumpri-las ou cobrar o seu cumprimento para que os alunos portadores de deficiência sejam realmente atendidos na sociedade e na escola.

Video abaixo montra a importancia da inclusão! 
Assistam ! 

O papel do professor

O papel do professor













Para tratar a formação dos professores na área de educação especial o texto da LDB nº 9.394/96 estabelece que:
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
III- Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.(art.59)
À medida que este fato assim subscrito no artigo acima for concretizado, a educação especial será substituída pela educação regular e grandes aberturas acontecerão à integração social dos deficientes em geral, acolhidos entre os normais, na escola será sem duvida, mais fácil se efetuar a sua desmarginalizacão em outros ambientes inclusive da própria família.
A admissão de alunos deficientes em classes regulares portanto envolve a capacitação de professores que se propõe a esse trabalho.
E preciso, pois, tratar dessa questão desde a formação mínima do magistério ate o curso de pedagogia, para que estas classes ofereçam uma vivencia que reforce o caráter democrático da escola e da sociedade que o abriga. O professor deve estar apto a desenvolver um trabalho que igualize as oportunidades educacionais entre normais e deficiente, sem prejuízo para ambos. (MANTOAN, 1997, p .148)
Segundo Mantoan (1997), o grande desfio para o professor em termo de sua e atuação segundo um currículo construtivista de educação para o deficiente esta em fazê-lo encarar o aluno como uma pessoa que age decide e pensa com seus próprios meios.
Desta forma vencida esta barreira inicial e estando o professor certo de que sua função não e ensinar, mas criar situações para que o sujeito aprenda passando então o construtivismo a ser visto com menos empecilhos.
A autora afirma que trabalhar a partir de um currículo construtivista impõe do professor resolver verdadeiros conflitos internos, provocado pela dificuldade de incorporar idéias educacionais que fazem a regra do método mais usuais.
Cabe então ao professor seguir os passos de seus alunos no sentido de fazer por seus próprios meios a resposta ou conhecimento a que ele tem condições de acesso, tendo plena responsabilidade na perspectiva educacional, influindo nos alunos a segurança necessária para fazer com que se sintam motivados a enfrenta as dificuldades escolares, buscando eles próprios as soluções para os seus problemas, tendo autonomia para resolvê-la.
Neste enfoque o professor precisa antes de mais nada conhecer o seu aluno, sua realidade e assim traçar dele um perfil servindo de base para as elaborações de suas atividades. “Um traçado não se restringe ao um único aspecto do desenvolvimento, mas ao seu sujeito por inteiro”. (Mantoan, 1997, p.156)
“No documento `Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica”, de 2001, o Conselho Nacional de Educação explicita o perfil desejado de formação de professores que, como se pode observar, dificilmente seria atingido no nível médio.
1º- São considerados professores capacitados para atuar em classes comuns com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais aqueles que comprovem que, em sua formação de nível médio ou superior, foram incluído conteúdos sobre educação especial adequado ao desenvolvimento de competências e valores para :
1 -Perceber as necessidade educacionais especiais dos alunos e valorizar a educação exclusiva.
II – Flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimentos de modo adequado nas necessidades especiais de aprendizagem.
III – Avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para atendimento de necessidades educacionais especiais.
IV – Atuar em equipe exclusiva com professor especializado em educação especial.
2º- São considerados professores especializados em educação especial aqueles que desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais especiais para definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização, adaptação curricular, procedimentos pedagógicos e práticos alternativos adequados ao atendimento das mesmas, bem como trabalhar em equipe, assistindo ao professor de classe comum nas praticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especial.(CNE/CEB, Res.nº 2,2001 art.18)
De acordo com Mazzotta (1996), não cabe ao professor ao professor papel de mero executor de currículos e programas pré- determinados, mas de alguém que tenha condições de escolher atividades, conteúdos ou experiências que sejam mais adequadas para o desenvolvimento das capacidades fundamentais do grupo de alunos, tendo em conta seu nível e suas necessidades.
Portanto não há uma seqüência ideal de conteúdos, atividades ou experiências que atenda apropriadamente todos os grupos de alunos, porem isto não significa que seja possível ou adequado preparar um currículo que possa satisfazer a um conjunto de alunos, mas que diferentes maneira de atuar com os alunos, de desenvolver os componentes curriculares, de combinar as situações de ensino e aprendizagem devem ser efetivadas a fim de conduzir ao ponto comum almejado.
Segundo Mantoan (1997), o professor deve primeiramente traçar um perfil servindo de base para a elaboração de atividades e interações que venham ao encontro do que o aluno necessita para sua evolução.
Para tanto é preciso que haja interesse do professor, competência, dedicação e versatilidade na atuação de sua pratica pedagógica. É preciso que o professor compreenda o que esta por trás do comportamento expresso e supostamente apresentar ao portador de deficiência desafios a sua capacidade atual de ultrapassá-los, com vistas a que a estas sejam acrescidas novos meios, para isso o professor precisa esta preparado, procurando aperfeiçoá-lo a todo momento. “É imprescindível que o professor estude, atualize-se e procure adaptar os novos conhecimentos adquiridos, partindo de hipóteses levantadas em seu próprio espaço educacional”. (Mantoan, 1997, p.156)
Segundo Mantoan (1997), o professor precisa ser antes de tudo um profissional que não se contenta em reproduzir métodos e técnicas, aplicando-os a sua classe diretamente, porque deu certo em outro lugar. Por trás de sua pratica há de existir sempre uma questão que se reelabora a medida que vai sendo respondida, constituindo-se de uma cadeia experimental.
Para o autor independente das dificuldades advindas de sua deficiência todo aluno pode ,a seu modo e em seu tempo, se beneficiar de programas educacionais. Eles apenas precisam que lhe sejam dados oportunidades adequadas para desenvolver seu potencial de aprendizagem e conseqüentemente se integra. O professor deve manter uma postura coerente , pois enquanto exemplo, e não modelo a ser imitado, ele é também , elemento de referência para que o aluno possa construir sua própria identidade. O professor deverá conhecer a deficiência e sua dificuldade; através das observações, antecipar atividades educativas para minimizar e ou eliminar as dificuldades de seu alunos como trabalhar para promover seu avanço em busca de seu desenvolvimento global ,sem rotulação o enquadramento nesse ou naquele perfil estereotipada da área em foco .
Quanto ao quadro curricular a ser trabalhado na educação inclusiva, devera ser observada aquele preconizado para a educação comum, cabendo ao professor especializado adaptá-lo, fazendo com que ele seja enriquecido, suprimido ou modificado afim de que seja adequado ao nível de desenvolvimento dos alunos.
Segundo Mazzotta (1996), as instituições escolares devem contar com meios adequados para atendê-los, pois quando se fizer necessário o atendimento do aluno deficiente mediante situações escolares especiais, que impliquem, alterações no conteúdo, na metodologia e no ambiente de aprendizagem para que possamos falar em organização curricular especifica. “Em principio todo currículo será especial na medida em que considera que e a escola que cabe a tarefa de elaborar o seu currículo.” .(Mazzotta, 1996, p. 100)
Portanto os currículos devem ser baseados de acordo com as necessidades e realidades de tais alunos.
O professor jamais pode deixar os alunos portadores de necessidades edificativas especiais à margem da sociedade, pois a socialização do individuo é fundamental para tornar o processo de ensino aprendizagem bem natural, busca conhecer, identificar o nível de desenvolvimento do aluno para a elaboração do planejamento é necessário para que eles possam atingir os objetivos dos demais alunos da turma, mesmo sabendo que o seu ritmo de aprendizagem é mais lento.
O professor deve ter a consciência que nem todos aprendem da mesma maneira, e por isso ele precisa ser o mediador, buscar a partir dos interesses e conhecimentos o caminho para o desenvolvimento da capacidade de crescimento do ser humano.
Na visão de Mazzotta (1996), a educação dos alunos com necessidades educativas especiais tem os mesmos objetivos da educação de qualquer cidadão, algumas modificações são as vezes requeridas nas organizações e no funcionamento da educação escolar para que tais alunos usufruam dos recursos escolares de que necessitam para o alcance dos seus objetivos.
Para tanto é preciso que se construa a socialização tanto com o deficiente quanto com os pais,pois a participação dos próprios na vida escolar de seus filhos e importantíssimo para o seu desenvolvimento e para sua integração na esta. Estar compartilhando preocupações e expectativas, tomando iniciativas conjuntas favorecem no trabalho educacional do professor.




Portanto a participação dos pais será sempre fundamental porque eles devem se sentir parte do processo ensino aprendizagem e de um papel importante que é o da socialização.
Cabe aqui o professor dar o passo para que essa socialização de fato aconteça.
Enfim, é preciso que se pense primeiramente na formação do educador, não como uma formação para a inclusão, pois não há como formar alguém para a diversidade, mas como um individuo que possa dar a estas crianças suportes para que realmente elas aprendam e assim convivam com as outras crianças sem discriminação, livre do preconceito e sobretudo que sejam respeitadas suas limitações e o seu tempo de aprendizagem.


Políticas de inclusão



Políticas de Inclusão 

De acordo com Mazzotta (1996), o movimento mundial da inclusão chega ao Brasil com a Declaração Mundial de Educação para todos, que propõe:
Uma educação, destinada a satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem, o desenvolvimento pleno das potencialidades humanas, a melhoria da qualidade de vida e do conhecimento e a participação do cidadão na transformação cultural de sua comunidade.(art.1º )
Portanto, os princípios da educação inclusiva foram melhor clarificados com a divulgação da Declaração de Salamanca em 1994, que traz importante transformação conceitual em relação aos objetivos da educação especial, modificando a forma de atendimento educacional das pessoas com deficiências graves ou dificuldades de aprendizagem.
Para tanto surge o conceito de necessidades educacionais especiais segundo o qual as escolas tem de encontrar maneiras de educar com êxito todas as crianças, independente de suas capacidades físicas, sensoriais, intelectuais ou emocionais.
É fundamental que se tenha em mente que a educação de alguns deficientes pode ocorrer tanto pela via comum quanto especial. E mais, que a existência de uma deficiência não obstância necessariamente a que o seu portador possa ser bem atendido mediante os processos comuns de ensino. “O tipo de grau da deficiência bem como os efeitos por ela acarretados, além das condições gerais dos serviços comuns, e que ira servir de indicadores da necessidade ou não da utilização de auxílios e serviços especiais de educação.” (Mazzotta,1997 p.37)
Desta maneira são as necessidades educacionais individuais confrontadas com os serviços educacionais existentes na comunidade, que devem subsidiar a definição da via ou de recursos a serem utilizados para a educação de qualquer pessoa, e não o rótulo, o estigma de deficiente.
De acordo com Sassaki (1997), a inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos envolvidos no processo de inclusão dando um passo para caminhar em sociedade livre de preconceitos e limitações.
Para que essa ajuda de fato venha ocorrer a Declaração de Salamanca assegura que:
Os jovens com necessidades educacionais especiais devem receber ajuda para fazer uma eficaz transição da escola para a vida adulta produtiva.
As escolas devem ajudá-los a se tornarem economicamente ativos e prover-lhes as habilidades necessárias no dia a dia, oferecendo treinamento em habilidades, que respondam as demandas sociais e de comunicação e as expectativas da vida adulta. Isto requer tecnologias apropriadas de treinamento incluindo experiência direta em situações de vida real fora da escola.
Os currículos para os alunos com necessidades educacionais especiais em classes mais adiantadas devem dar apoio para ingressarem no ensino superior sempre que possível e subseqüentemente treinamento profissional que os prepare para atuarem como membros contribuintes independentes em suas comunidades após terminarem os estudos. Estas atividades devem ser executadas com participação ativa de conselheiros profissionais, agencias de colocação, sindicatos, autoridades locais e diferentes serviços e entidades interessadas.(Decl. De Salamanca p. 56)
Portanto este tem sido um documento guia,onde as escolas buscam modernizar-se e os professores aperfeiçoarem suas praticas educacionais , pois pensar em inclusão implica acreditar que não apenas as pessoas deficientes devem modificar-se , para receber em situação de igualdade todos os seus cidadãos, mas principalmente a sociedade aceitar essa pessoa como qualquer outro cidadão com suas dificuldades, capacidades , direitos e deveres e sobretudo com muito respeito.
A inclusão e um motivo para que a escola se modernize os professores aperfeiçoem suas praticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma conseqüência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico. (MANTOAN,1997, p.120)
Para Mazzotta (1996), a Declaração de Salamanca traz importante transformação conceitual em relação aos objetivos da educação especial, modificando a forma de atendimento educacional das pessoas portadoras de deficiência, uma vez que inclui no ensino regular todas as crianças, inclusive as que tem deficiências graves ou dificuldades de aprendizagem.
Com esta Declaração surge o conceito de necessidades educacionais especiais, segundo o qual as escolas têm de encontrar maneiras de educar com êxito todas as crianças independentes de suas capacidades.
Observa-se neste conceito uma mudança de paradigma, o foco da atenção deixa de ser o deficiente e passa a centrar-se na pessoa do aluno e no processo ensino- aprendizagem, o qual deve ser adaptado às necessidades especificas do aluno no contexto escolar, contando com a participação da família e comunidade.
Para tanto é preciso ter cautela para não cair no reducionismo de considerar que a mera inserção do portador de deficiência no ensino comum seja suficiente para que eliminemos as desigualdades educacionais a que estão submetidos. Não e simplesmente garantindo que todos tenham acesso a escola que garantiremos a escolaridade para todos.
Hoje ainda percebemos atitudes de exclusão em relação ao portador de deficiência, apesar de ser garantido em lei o direito a educação escolar e necessário construir a qualidade e de ensino que atenda estas crianças, bem como a ampliação de serviços e recursos de educação especial que propiciam o desenvolvimento de suas competências e levem em consideração as suas necessidades especificas imposta pela sua deficiência.





Portanto a base da inclusão esta na crença de que a criança não é um problema, mas uma riqueza.

De integração à inclusão


💕





A imprecisão conceitual sobre integração e inclusão, às vezes empregadas com o mesmo significado, às vezes colocadas em oposição ou superação da integração pela inclusão. Dentre outras conseqüências, tal definição contribui para uma visão entre defensores da integração e da inclusão, como se o próprio sentido de educação já não fosse a busca de integração ou inclusão social. Mais ainda, como salienta Glat (1997), a integração não pode ser vista simplesmente como um problema de políticas educacionais ou de modificações pedagógica – curriculares na Educação Especial. “Integração e um processo subjetivo e inter- relacional”.(Glat 1997, p 199)
Segundo Sassaki (1997), a integração e a inclusão são dois processos muito importantes na busca de uma sociedade inclusiva. Princípio este que leva implícito o conceito de normalidade, destacando que a normalidade é um conceito relativo sujeito a critérios de tipo estatístico.
O que hoje é normal pode não ter sido ontem e não sabemos como será amanhã. O que aqui é normal pode ser anormal em outro lugar ou vice-versa. De tal maneira que o normal não se encontram dentro da pessoa, mas fora dela é aquilo que os outros percebem nas pessoas.(SASSAKI, 1997, p 43)
Normalizar uma pessoa não significa torná-la normal, mas sim dar a ela o direito de ser diferente e de ter suas necessidades reconhecidas e atendidas pela sociedade. É aceitá-los tal com são, oferecendo os serviços pertinentes para que os mesmos possam desenvolver suas potencialidades e viver uma vida tão normal quanto possível.
É preciso que estas pessoas vivam com independência e liberdade.
… Ter oportunidades para tomar decisões que afetam a própria vida, realizar atividades de própria escolha. Vida independente tem a ver com a auto- determinação. É com direto e a oportunidade para seguir um determinado caminho. E significa ter a liberdade de falhar e aprender das próprias falhas, tal qual pessoas não deficientes. (SASSAKI,1997, pg 32)
Conforme o autor o estilo de vida independente é fundamental para que aconteça a inclusão do indivíduo na sociedade e para que aconteça tal normalização, ou seja ele terá vida independente exercendo a cidadania, sendo ele ativo e atuando como cidadão.
Cabe ressaltar que a integração, no entanto, ocorre automaticamente quando o deficiente começa a freqüentar a sociedade e ela então se acostumaria com a presença dessa pessoa descobrindo que eles são pessoas com potencialidade iguais a qualquer um. É isto que se espera com a integração, mas o que na verdade não vem acontecendo.
Segundo Mantoan (1997), a integração dos deficientes como membros úteis e adaptados ao meio em que vivem parece ser um ponto crucial na consideração da problemática da excepcionalidade, no seu todo. Observando o modo pelo qual as instituições concebam e atuam face à deficiência, percebendo na grande contradição entre meta final do que se dedicam a causa a integração social em todos os níveis e os recursos utilizados a sua consecução.
Porém o fracasso da tal integração se deve em parte à própria falta de experiência dos deficientes, que mesmo inseridos na comunidade ainda não se tornaram pessoas mais interessantes ou seja interessadas na vida social e no convívio com outras pessoas.
De acordo com autora Glat (1998), integração/inclusão é como amor acontece ou não. Você não pode desenvolver um programa que faça com que duas pessoas se apaixonem uma pela outra. Você pode no máximo programar uma série de atitudes, comportamentos e situações que aumentem a probabilidade do amor acontecer.
Assim a integração tem como objetivo maior proporcionar ao indivíduo um ambiente menos restrito possível porque ninguém aprende quando não tem a liberdade e não se vê valorizado globalmente.
Observa-se na verdade que atualmente a integração tem sido apenas integrar a pessoa na sociedade sem dar a ela condições de estar atuando e se desenvolvendo.
Já a inclusão tem por objetivo incluir o deficiente ou um grupo que anteriormente foram excluídos da convivência com os demais ou seja segundo Werneck (1997) ”incluir é humanizar caminhos”.
O mais polêmico de todos os princípios da inclusão é ser ela incondicional. Este é um ponto que vem perturbando e desconcertando pais e profissionais da educação.
Enquanto se fala na integração de uma criança com deficiência leve e moderada na escola regular tudo bem, mas quando se trata de incluir um adolescente com comprometimentos múltiplos e severos, aí vem a desculpa de que este caso é um caso a parte, uma exceção.
Analisando esta maneira de pensar não existe a devida inclusão, pois a inclusão não admite exceções, não separa, não existe diferenças.
Desta forma a escola é a instituição que deve dar o começo de tudo, pois acredito que se ela não alterar seus princípios jamais teremos uma sociedade inclusiva. Cabe a escola dar o ponto de partida para que outras inclusões ocorram.
A inclusão, portanto, causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos como professores, alunos, pessoal administrativo e para que obtenham sucesso na corrente educativa geral e preciso que todos estejam envolvidos.
Para Mantoan (1997) a metáfora inclusão é a do caleidoscópio, ou seja, precisa de todas os pedaços para formar as figuras. Portanto assim é a criança que precisa de um ambiente variado, de ajuda de todos para que se desenvolva e consiga atuar dentro de uma sociedade sem limitações.
A autora Werneck (1997) destaca que: “Incluir não é favor, mas troca. Quem sai ganhando nesta troca são todos nós em igual medida. Conviver com as diferenças humanas é direito do pequeno cidadão, deficiente ou não..” (p.58)
Para ela incluir é uma forma de acabar com o preconceito, e isto, no entanto, pode ser começado nas escolas, cursos e universidades que formam professores, conscientes de que alunos deficientes são responsabilidades de todos os educadores e não apenas do profissional que se interessa por educação especial.
Para Werneck (1997), chegar a inclusão e um processo individual e, portanto para muitos solitário, pois todo processo de busca de conhecimento é solitário e doloroso. Mesmo quando duas pessoas tenham passado por situações idênticas e obtido informações sobre determinado assunto, jamais estaria no mesmo patamar de conhecimento ou se igualando.
Diante disto temos que mudar nossos conceitos, caso contrário, caminharemos com tartarugas em busca da tal inclusão.
Cabe a escola preparar a criança para a cidadania, isto inclui orientá-lo para valorizar a particularidade de seu povo.
Assim, se privarmos crianças normais de seus pares deficientes, estaremos tirando de todos a chance de trabalharem na construção de sua cidadania.
Para entendemos melhor o termo inclusão é necessário reatar os princípios deste termo e as leis que asseguram a inclusão.
Para Sassaki (1997), tanto a integração como a inclusão constituem formas de inserção. A parte da integração, principalmente nos anos sessenta e setenta estava baseada no modelo médico da deficiência, segundo qual tínhamos que modificar a (habilitar, reabilitar) a pessoa com deficiência para torná-la apta a satisfazer os padrões da sociedade, aceitos no meio social (familiar escolar, recreativo e ambiental).
Já a prática da inclusão consolidada nos anos 90, vem seguindo o modelo social da deficiência segundo a tarefa consistia em modificar a sociedade e não o deficiente para torná-los capazes de receber todas as pessoas que incluídas nela, poderão ter suas necessidades atendidas.
Na visão de Mantoan (1997), a noção de integração tem sido compreendida de diversas maneiras, quando aplicada a escola. Os diversos significados que lhe são atribuídos devem- se ao uso do termo para expressar fins diferentes, sejam eles pedagógicos , sociais, filosóficos e outros.
Uma outra opção de inserção segundo a autora e a inclusão, que questiona as políticas e a organização da educação especial e regular. A noção da inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática. O vocabulário integração é abandonado uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos.
Portanto, quando empregamos a palavra inclusão estamos nos referindo a uma inserção total e incondicional. Por outro lado, quando usamos a palavra integração queremos dar a idéia de que a inserção é parcial e condicionada às possibilidades de cada pessoa.
A inclusão exige uma transformação da sociedade, da escola, pois defende a inserção no ensino regular de alunos com qualquer deficiência, exigindo mudanças no sistema educacional cabendo a escola, a sociedade adaptar-se às suas necessidades e não os alunos se adaptarem ao modelo exigido.
Para melhor clarificar este termo polêmico que e a inclusão é necessário conhecer um pouco mais da historia da educação especial, como tudo se iniciou e das leis que surgiram para assegurar uma educação inclusiva, suas controvérsias.










Exclusão Dos Portadores De Deficiência

 Vamos dar inicio a pesquisa aqui apresentada sobre a inclusação dos portadores de deficiencia !
Email: saraholiveira2204@hotmail.com








Exclusão Dos Portadores De Deficiência
Segundo a Bíblia todos os homens foram criados iguais a imagem e semelhança de Deus, porém não é isso que a humanidade tem demonstrado , pelo contrário o mais forte e mais capazes de lidar com o meio sobrevivem, enquanto os mais fracos perecem.
A própria religião, com toda sua forca cultural, ao colocar o homem como imagem e semelhança de Deus, ser perfeito inculcava a idéia da condição humana como incluindo perfeição física e mental e não sendo parecidos com Deus, os portadores de deficiência eram colocados postos a margem da condição humana. (MAZZOTTA, 1982 p 3)
Segundo a autora Glat (1998), esta diferença acaba sendo um processo de seleção.
Mesmo que hoje o mundo civilizado ou que se diz civilizado as pessoas com deficiência já não mais pereçam e nem sejam sacrificadas, podemos dizer que socialmente ainda são exterminadas.
Exterminadas no sentido de serem excluídas do meio social por não estarem dentro dos padrões exigidos pela sociedade.
Apesar de excluídos das responsabilidades sociais, são também excluídas dos privilégios oferecidas por ela.
A autora afirma que este processo de seleção natural com o passar dos tempos tomou uma nova forma, passando de natural física para natural social, ou seja, formou-se um enorme contingente de indivíduos que conseguem sobreviver fisicamente, mas que por não terem condições físicas de lidar independentemente com o meio não sobreviveriam socialmente.
No entanto, existem milhares de profissionais trabalhando para a reabilitação e no desenvolvimento dessas pessoas portadoras de deficiência, para que as mesmas possam ter condições de lidar com o seu meio, visando sua inclusão na sociedade.
Para se discutir a questão da inclusão do portador de deficiência é preciso ter em mente que eles se constituem como uma categoria socialmente construída de desvio. Sendo igual aos problemas enfrentados por outros grupos de pessoas marginalizadas como os negros, ex-presidiários, homossexuais entre outros que por uma razão ou outra são afastados fisicamente ou moralmente do convívio social, deixando de usufruídas oportunidades abertas às pessoas consideradas normais.
Enquanto os desviantes podem, por diversos mecanismos tentar se conformar com as normas sociais, os deficientes por suas características próprias representam na maioria dos casos uma violação crônica do padrão humano da normalidade, independente da cultura, não restringindo apenas seu comportamento bizarro ou não produtivo, o deficiente viola a própria norma física do que é um ser humano, contrariando a representação ou imagem corporal do homem.
Por isto os indivíduos que por alguma razão não conseguem adaptarem-se às normas ou valores da cultura vigente em sua comunidade não sobrevivem a seleção social e são consideradas os anormais e isolados, marginalizados e rotulados os não capazes.
O que a autora retrata primeiramente é a deficiência como condição de incapacidade, não apenas por suas limitações, mas também pelas limitações sociais que ela acarreta.“A sociedade é quem rotula e conseqüentemente trata diferencialmente os indivíduos que as possuem.” (Glat, 1998)
Portanto, não podemos falar de inclusão desses deficientes sem analisarmos o tipo de relação que as pessoas de um modo geral estabelecem com eles e os fatores psicológicos que influenciam nessa relação.
Existem, no entanto, alguns tipos de sentimentos que os deficientes provocam. Uma delas é de como o diferente perturba a sociedade por não sabermos como lidar com eles e o que esperar deles, por este motivo e até por medo, acabamos nos afastando.
O isolamento e segregação dos deficientes do resto da sociedade que tem sido regras em todas as culturas, fazendo com que a maioria das pessoas de fato tenha pouca oportunidade de interagir com deficientes e vice-versa.
O contato com estes indivíduos se restringe muitas vezes a seus familiares, com profissionais que trabalham com eles (quando há oportunidades) e com outras pessoas com o mesmo tipo de deficiência, não tendo incentivo para assumir outra postura. Quando expostos as situações sociais acabam agindo de maneira inalterada reforçando mais ainda as representações preconceituosa sobre sua pessoa, justificando assim tal segregação.
Cabe ressaltar a dificuldade que os próprios deficientes tem em relação a sua deficiência em compreendê-las.
A maioria dos pais que precisam lidar com uma criança deficiente enfrenta duas crises: A primeira crise é a morte simbólica da criança que deveria ter nascido, e que não nasceu,pois este filho perfeito que é projetado na barriga da mãe não existe. Ao serem encaminhados ao consultório pediátrico para ouvirem que seu filho é um deficiente acontece então a primeira crise de não aceitação.
O outro fator enfrentado por eles é o sentimento de pena que as pessoas demonstram ao lidar com estes. Ao deparar com um portador de necessidades especiais temos esse tipo de sentimento, pois afinal eles não são culpados de terem nascido ou ficado assim.
De acordo com a autora Glat (1998), este sentimento acarreta outros sentimentos não tão nobres. Porque ao ver o outro nos comparamos com ele e começamos a pensar e dar graças a Deus de não ser assim ou de não ter tido um filho nessas condições. Este tipo de pensamento contraria a nossa formação moral, começamos a nos sentir culpados por estarmos satisfeitos de que a bomba caiu na casa do vizinho e não na nossa casa.
Muitas pessoas evitam contato com os deficientes com medo de contaminação, é claro que hoje em dia apenas os mais ignorantes acreditam que a deficiência pega. Entretanto este contágio pode se dar em termos comportamentais. Muitos pais desaprovam a inclusão de crianças deficientes na classe de seus filhos, porque podem imitar o seu comportamento e regredirem em seu desenvolvimento, ocorrendo o preconceito. Este é um dos aspectos que impede a total inclusão dos alunos portadores de deficiência no âmbito escolar.
As diferenças assustam e incomodam a sociedade como se ela pudesse ser transmitida. É esta falta de informação que tira deles o direito como pessoas, o direito como cidadão. São atos como estes que acarretam a devida exclusão dessas pessoas, colocando-as a margem da sociedade e sem direito a freqüentar escolas comuns.
Dessa forma é preciso rever todos esses conceitos tentando modificá-los para que realmente possamos falar em incluí-los à sociedade, pois não basta incluí-los apenas é preciso aceitá-los da maneira que são com toda sua diferenças e dificuldades lutando para estes possam ter as mesmas oportunidades que os demais dentro da sociedade, pois muitas vezes estes seres humanos são tão capazes ou mais do que aqueles ditos normais.


Espero que tenham gostado da nossa promeira parte do trabalho aqui apresentado! 
Teremos mais ... ! *-*

INCLUSÃO SOCIAL - UM DIREITO PARA TODOS

Trabalho de Comunicação, Educação e Tecnologia, apresentado ao curso de Pedagogia, proposto pelo professor Pedro Abreu na Universidade U...